O Brazil and the MINUSTAH

armed forces and the perpetuation of stigmas in the intent to reconstruct the Haitian nation

Authors

  • Luciana Maria de Oliveira Cortinhas Universidade de Brasília
  • Juliano Da Silva Cortinhas Universidade de Brasília

Keywords:

Stigmas, Race, Perception, Colonial power, Haiti

Abstract

The article discusses specific ideas and expressions about Haiti and Haitians that have been expressed by agents who act internationally from a position of power. From there, it examines how such ideas and expressions, turned into stigmas, influenced the discussions that led to the Brazilian decision to command the United Nations Stabilization Mission in Haiti. After Haiti’s independence, the colonial powers prevented Haitian libertarian ideals from spreading to other colonies, trying to isolate that country from the rest of the world through the use of different instruments, including stigmas. The hypothesis of the article is that these stigmas were important in the Brazilian decision to command the United Nations Stabilization Mission in Haiti, which led Brazil to distance itself from its traditional diplomatic agenda. Ultimately, by commanding the UN operation, Brazil contributed to the maintenance of a colonial relationship with Haiti. Finally, the authors argue that stigmatization influenced Brazilians’ perception of Haiti, allowing the government to justify the decision to command the military intervention.

References

Abdenur, A. E., Call, C. T. A. (2017). “Brazilian Way”? Brazil’s Approach to Peacebuilding. Em C. Call e C. Coning (Eds.). Rising Powers and Peacebuilding, Rethinking Peace and Conflict Studies (15-38). Palgrave Macmillan.

Aguilar, S. L. C. (2008). Uma Cultura Brasileira em Operações de Paz. Caderno GAP Conflitos III. Contribuiçoes Brasileiras as Missoes de Paz da ONU. Gramma.

AFP. (09 de outubro 2021). Haiti condena as declaraçoes ‘racistas’ de Trump sobre migrantes. Carta Capital. https://www.cartacapital.com.br/mundo/haiti-condena-as-declaracoes-racistas-de-trump-sobre-migrantes/.

Amorim, C. (2015). Teerã, Ramalá e Doha. Memórias da Política Externa Ativa e Altiva: memórias de uma política externa ativa e altiva. Benvirá.

Andrade, E. O. (2016). A primeira ocupaçao militar dos EUA no Haiti e as origens do totalitarismo haitiano. Revista Eletrônica da ANPHLAC, 20(s/n), 173–196. https://10.46752/anphlac.20.2016.2492.

Anievas, A., Manchanda, N., Shilliam, R. (2015). Race and Racism in International Relations: confronting the global colour line. Routledge.

Alsina Jr., J. P. S. (2017). Grand Strategy and Peace Operations: the Brazilian Case. Revista Brasileira de Política Internacional, 60(2), e004.

Baccocina, D. (01 de junho de 2005a). Missao no Haiti corre risco de fracassar, diz general brasileiro. BBC. https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2005/06/050601_haitibacoccina

Baccocina, D. (15 de novembro de 2005b). Grupo acusa tropas brasileiras de abusos no Haiti. BBC. https://www.bbc.com/portuguese/reporterbbc/story/2005/11/051115_denizehaiti

Barbosa Junior, I. (2019). O Planejamento e o Início da Missao. Em Centro de Instruçao Almirante Sylvio de Camargo (CIASC). 13 anos do Brasil na MINUSTAH: lições aprendidas e novas perspectivas. Instituto Igarapé.

https://igarape.org.br/wp-content/uploads/2019/11/livrosemhaiti13.pdf

Barth, F. (1969). Ethnic Groups and Boundaries. The Social Organization of Cultural Difference. Little, Brown and Company.

Beckett, G. (2014). The Art of Not Governing Port-Au-Prince. Social and Economic Studies, 63(2). 31–57.

Bersani, A. E., Joseph, H. (2017). O Brasil e a diáspora haitiana. Temáticas, 25(49). https://10.20396/tematicas.v25i49/50.11126

Brasil. (14 de maio de 2004). Diário da Câmara dos Deputados. Ano LIX. https://imagem.camara.gov.br/Imagem/d/pdf/DCD14MAI2004.pdf

Caixeta, M. B., Santos, M. C. R. (2022). De(s)colonizando a Cooperação Sul-Sul: um marco analítico fundado no pós-desenvolvimento e no comum. Rebela. 12(1), 57-81.

Castro, C., Marques, A. (Eds.). (2019). Missão Haiti: A visão dos force commanders. FGV Editora.

Cavalcanti, L., Oliveira, A. T., Araújo, D., Tonhati, T. (2017). A inserçao dos imigrantes no mercado de trabalho brasileiro. Relatório Anual. Série Migrações. DF: OBMigra. https://portaldeimigracao.mj.gov.br/images/dados_anuais/RELATORIO_FINAL_PDF_CRGD.pdf

Cazumba, R. A. (2022). Mitos e Mitologias sobre a Participação Militar Brasileira no Haiti. Appris Ed.

Dandicat, E. (2004). Thomas Jefferson: The Private War: Ignoring the Revolution Next Door. Revista Time. https://time.com/archive/6738877/thomas-jefferson-the-private-war-ignoring-the-revolution-next-door/

DETAQ. (13 de maio de 2004). Câmara dos Deputados: Plenário. Sessão 089.2.52.O. https://www.camara.leg.br/internet/plenario/notas/extraord/2004/5/EV130504.pdf

Diehl, F. (2016). O fenômeno da estigmatizaçao dos imigrantes haitianos em Lajeado no Rio Grande do Sul. Barbarói, 47, 90-106. https://doi.org/10.17058/barbaroi.v0i47.9569.

Dussel, En. (2009). Meditaciones anti-cartesianas sobre a origem do anti-discurso filosófico da modernidade. Em B.S. Santos e M.P. Menezes (Eds.). Epistemologias do Sul (283-335). Almedina.

Fanon, F. (2001). Los Condenados de la Tierra. Fondo de Cultura Económica (FCE).

Fernandes, L. (18 de março de 2019). Fantasmas de massacre no Haiti assombram generais do governo Bolsonaro. Brasil de Fato. https://www.brasildefato.com.br/2019/03/18/fantasmas-de-massacre-no-haiti-assombram-generais-do-governo-bolsonaro

Ferreira, R. R. (2019). O Combatente Cordial e a Guerra em Tres Quarteiroes. Em Centro de Instruçao Almirante Sylvio de Camargo (CIASC). 13 anos do Brasil na MINUSTAH: lições aprendidas e novas perspectivas. Instituto Igarapé.

https://igarape.org.br/wp- content/uploads/2019/11/livrosemhaiti13.pdf

Galeano, E. H. (28 de setembro de 2011) Haiti: País Ocupado. Biblioteca Nacional de Buenos Aires, 12.

Galeano, E. H. (26 de julho de 1996). Os Pecados do Haiti. Jornal Brecha.

Goffman, E. (1963). Stigma: Notes on the Management of Spoiled Identity. Simon & Schuster.

Gomes, M. S. (2014). A “pacificação” como prática de “política externa” de (re)produção do self estatal: rescrevendo o engajamento do Brasil na Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (MINUSTAH). [Tese de Doutorado em Relaçoes Internacionais]. PUC-RJ.

https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/24744/24744.PDF

Guerra, L. (2018). Raça, racismo e operaçoes de paz: uma análise crítica da MINUSTAH. Revista Neiba: Cadernos Argentina Brasil, 7. https://doi.org/10.12957/neiba.2018.39130

Hebblethwaite, B. (2015). The Scapegoating of Haitian Vodou Religion: David Brooks’s (2010) Claim That “Voodoo” Is a “Progress-Resistant” Cultural Influence. Journal of Black Studies, 46(1), 3-22.

Howell, A., Richter-Montpettit, M. (2020). Is securitization theory racist? Civilizationism, methodological whiteness, and antiblack thought in the Copenhagen School. Security Dialogue, 51(1), 3-22.

Jabor, A. [Jornal da Globo] (14 de janeiro de 2010). Arnaldo Jabor: a história do Haiti é um monstrengo político. https://globoplay.globo.com/v/1190540/

James, C. L. R. (2000). Os jacobinos negros. Boitempo Editorial.

James, E. (2010). Democratic Insecurities: Violence, Trauma and Intervention in Haiti. University of California Press. Jornal Hoje. (22 de outubro de 2014). Imigrantes haitianos sao vítimas de preconceito e xenofobia no Paraná. G1. https://g1.globo.com/jornal-hoje/noticia/2014/10/imigrantes-haitianos-sao-vitimas-de-preconceito-e-xenofobia-no-parana.html

Joseph, H. (2017). A historicidade da (e)migraçao internacional haitiana. O Brasil como novo espaço migratório. Périplos: Revista de Estudos sobre Migrações, 1(1), 7–26. https://periodicos.unb.br/index.php/obmigra_periplos/article/view/5866

Joseph, H., Joseph, R. M. (2015). As Relaçoes de Genero, de Classe e de Raça: mulheres migrantes haitianas na França e no Brasil. Revista de Estudos e Pesquisas sobre as Américas, 9(2).

Lee, S., Bartels, S. (2020) “They Put a Few Coins in Your Hands to Drop a Baby in You”: A Study of Peacekeeper-fathered Children in Haiti. International Peacekeeping, 27(2), 117-209. https://doi.org/10.1080/13533312.2019.1698297

MacGinty, R., Firchow, P. (2016). Top-down and bottom-up narratives of peace and conflict. Politics, 36(3), 1-16. Maissonnave, F. (7 de julho de 2021). Pobreza extrema inviabiliza estabilidade no Haiti, país mais pobre do hemisfério Ocidental. Folha de São Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2021/07/pobreza-extrema-inviabiliza-estabilidade-no-haiti-pais-mais-pobre-do-hemisferio-ocidental.shtml

Mamed, L. H. (2017). Trabalho, migraçao e genero: a trajetória da mulher haitiana na indústria da carne brasileira. Temáticas, 25(49/50), 139-176.

Malik, S. (2015). Challenging Orthodoxy: Critical Security Studies. Em P. Hough, B. Pilbeam e W. Stokes. International Security Studies: theory and practice, 31-43. Routledge.

Marques, A. A. (2021). Conexao Porto Príncipe-Brasília: a participaçao em missoes de paz e o envolvimento na política doméstica. Em J. R. Martins Filho (Ed.). Os Militares e a Crise Brasileira, 247-257. Alameda.

Marra, R. (17 de maio de 2024). Advogados no Quenia tentam bloquear envio de policiais ao Haiti. Folha de São Paulo. https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2024/05/advogados-no-quenia-tentam-bloquear-envio-de-policiais- ao-haiti.shtml

Mbembe, A. (2014). Crítica da Razão Negra. Antígona Editores Refractários.

Melo Rosa, R. (2006). A construção da desigualdade no Haiti: experiências históricas e situações atuais. Universitas: Relaçoes Internacionais, 4(2), 1-25. https://doi.org/10.5102/uri.v4i2.160

Murdocca, C. (2020). ‘Let’s help our own:’ Humanitarian compassion as racial governance in settler colonialism, Oñati Socio-Legal Series, 10(6), 1270-1288. https://opo.iisj.net/index.php/osls/article/view/1111

Mullings, B., Werner, M., Peake, L. (2010). Fear and Loathing in Haiti: Race and Politics of Humanitarian Dispossession. ACME: An International E-Journal for Critical Geographies, 9(3), 282-300.

Neiburg, F. (Ed.). (2019). Conversas etnográficas haitianas. Papéis Selvagens. O Joio e o Trigo. (5 de agosto de 2021). Em Santa Catarina, um terço dos casos de discriminaçao no trabalho sao contra haitianos e africanos. Carta Capital. https://www.cartacapital.com.br/sociedade/em-santa-catarina-um-terco-dos-casos-de-discriminacao-no-trabalho-sao-contra-haitianos-e-africanos/

Okado, G. (2017). A Comissao de Relaçoes Exteriores e Defesa Nacional da Câmara dos Deputados e a MINUSTAH: entre a resistencia inicial e a abdicaçao. Em E. Hamann, C. A. R. Teixeira (Eds.). A participação do Brasil na MINUSTAH (2004-2017): percepções, lições e práticas relevantes para futuras missões. Instituto Igarapé.

Oliveira, W. A. (2020). Brazilian Way of Peacekeeping: o Jeito Brasileiro nas Operaçoes de Manutençao da Paz. Defesa Aérea & Naval. https://www.defesaaereanaval.com.br/exercito/brazilian-way-of-peacekeeping-o-jeito-brasileiro-nas-operacoes-de-manutencao-da-paz.

Oyewumí, O. (2002). Visualizing the Body: Western Theories and African Subjects. Em P. Coetzee, A. P. J. Roux (Eds.). The African Philosophy Reader, 391-415. Routledge, 2002.

Patrick, I. (2017). Aquilo que Resta de Nós. Páginas Editora.

Pereira, A. H. O Primeiro Ano da MINUSTAH. Em Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo (CIASC). 13 anos do Brasil na MINUSTAH: lições aprendidas e novas perspectivas. Instituto Igarapé.

https://igarape.org.br/wp-content/uploads/2019/11/livrosemhaiti13.pdf

Quijano, A (2005). Colonialidade do poder, eurocentrismo e América Latina. Em L. Lander (Ed.). A colonialidade do saber: eurocentrismo e Ciências Sociais, 117-142. CLACSO. http://biblioteca.clacso.edu.ar/clacso/sursur/20100624103322/12_Quijano.pdf

Reynolds, J., Kendi, I. X. (2020). Stamped: Racism, Antiracism, and You: A Remix of the National Book Award-winning Stamped from the Beginning. Brown Books for Young Readers.

Rocha, C. (20 de abril de 2021). Racismo e xenofobia contra haitianos em ônibus em Cuiabá sao apurados pela polícia; veja video. G1.

https://g1.globo.com/mt/mato-grosso/noticia/2021/04/20/video-de-racismo-e-xenofobia-contra-haitianos-em-onibus-em-cuiaba-e-apurado-pela-policia.ghtml

Sant’Ana, P. G. I. (2022). Migração e refúgio: convergências e contradições entre as políticas implementadas pelo Brasil no século XXI. https://funag.gov.br/biblioteca-nova/produto/1-1196

Santiago, A. E. (2022). As forças de paz ou a paz à força: etnografia de uma missão de paz da ONU no Haiti. [Tese de Doutorado em Antropologia Social]. Universidade Federal de Sao Carlos.

Seitenfus, R. (2015). O buraco negro da consciencia ocidental. Letras de Hoje, 50(5), 62-75.

https://doi.org/10.15448/1984-7726.2015.s.23140

Seguy, F. (2009). Globalização neoliberal e lutas populares no Haiti: crítica à modernidade, sociedade civil e movimentos sociais no estado de crise social haitiano. [Dissertaçao de Mestrado em Serviço Social]. Universidade Federal de Pernambuco.

Silva, V. P. (2021). A Palavra tem força: uma psicologia do axé e dos encantamentos. [Tese de Doutorado em Psicologia]. Universidade Federal Fluminense (UFF).

Sprandel, M. A. (2015). Migraçao e Crime: a lei 6.815, de 1980. Revista Interdisciplinar de Mobilidade Humana, 23(45), 145-168. https://doi.org/10.1590/1980-85852503880004508

Schuller, M. (2012). Killing with Kindness. Haiti, International Aid, and NGOs. Rutgers University Press.

Sylvester, C. (2010). War, Sense, and Security. Em L. Sjoberg. Gender and International Security: feminist perspectives. Routledge.

Trouillot, M. R. (2020). The Odd and the Ordinary: Haiti, the Caribbean and the World. Vibrant: Virtual Brazilian Anthropology, 17(e17553). https://doi.org/10.1590/1809-43412020v17j553

Trouillot, M. R. (2016). Silenciando o passado: poder e a produção da história. Huya editorial.

Vigevani, T., Cepaluni, G. (2017). A política externa de Lula da Silva: a estratégia da autonomia pela diversificaçao. Contexto Internacional, 29(2), 273-335.

Published

2024-06-30

How to Cite

de Oliveira Cortinhas, L. M., & Da Silva Cortinhas, J. (2024). O Brazil and the MINUSTAH: armed forces and the perpetuation of stigmas in the intent to reconstruct the Haitian nation. Etnografías Contemporáneas, 10(18). Retrieved from https://revistasacademicas.unsam.edu.ar/index.php/etnocontemp/article/view/1690